quarta-feira, 30 de março de 2011

Bruna Surfistinha...

Neste final de semana assisti ao filme Bruna Surfistinha, e como boa defensora do cinema brasileiro que sou não posso deixar de registrar minhas impressões sobre o filme.
Custo a acreditar que milhares de pessoas se deslocaram até as salas de cinema para assistir a ausência de história de uma menina que simplesmente ignorou todas as oportunidades que teve para ser feliz de verdade e se entregou numa busca louca por  “independência” psicológica-financeira,  que não teve nenhum critério ou valor moral para atingir os seus objetivos e gostou disso tudo. Me diga: Não há neste país tão plural alguma pseudo-celeridade com uma história mais interessante e/ou digna de virar filme???
Esse filme me remete a pornô chanchada e me obriga a concordar com os que ainda pensam que cinema brasileiro é só “putaria”. Fiquei enjoada com a história deprimente de alguém que acha que porque divulgou em um blog as notas dos “clientes”nojentos, sebosos, tarados, etc , pode chamar isso de “grande sacada”.
 Ah... Bruna Surfistinha, eu é que merecia um filme, trabalhei desde cedo para ajudar nas despesas em casa, fiquei ao lado da minha família quando eles precisaram e tive eles comigo sempre mesmo na adversidade, casei, separei, sofri, passei ilesa pela fase das drogas, me dediquei, estudei, sou mãe solteira, cuido do meu filho... isso tudo sem me prostituir, drogar, sem me desrespeitar e no entanto nenhum diretor quer contar a minha história no cinema.  
A única coisa “positiva”(para os meninos, é claro!) do filme e tenho acreditado que o sucesso de público se deve a isso é que a fofinha Débora Secco atua como uma perfeita “vagabunda” e a ausência de conteúdo do filme faz a história parecer com filme pornô mesmo, daqueles que as pessoas trocam uma poucas frases e quando piscamos estão de novo na cama.
Se eu fosse a Bruna Surfistinha, teria muita, mas muita vergonha de contar essa história em um filme!

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