sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Morra!!!

Por que as pessoas acham que podem ser quem elas bem entendem?
Por que elas acham que sempre podem esnobar?
Por que não se demonstra o que verdadeiramente se sente?
Por que iludir, se não se quer reticências?
Por que falar por falar, quando nem se quer ouvir?
Por que perco o meu tempo com tudo isso?
Por que não mando pra P.Q.P e pronto?
Por que não convido aquele gato que me dá o maior mole pra sair?
Por que não tenho aquela noite intensa com aquele que me dá tesão?
Por que não me despir de mim mesma e ser quem desejo?
Por que não páro de besteira e aproveito a vida?
Por que sempre tenho que cumprir protocolos?
Por que não invento de sumir e consigo essa proeza?
Por que não confundo minha cama com uma teia?
Por que não me enrosco nos lençóis e penso no que amo?
Por que preciso viver de traços rabiscados?
Por que tenho que sorrir risos mal dados?
Quer saber? Eu cansei...
Cansei de tentar agradar sem sucesso.
Cansei de dar tudo sem ter nada em troca.
Cansei de tentar sozinha.
Cansei de viver sua vida.
Cansei de chorar escondida.
Cansei de correr na sua trilha.
Cansei de viajar tão longe.
É... eu cansei...
Agora eu voltei a ser a malvada temida.
Eu vou sujar sua vida.
Vou derrubar os obstáculos que me rodeiam.
E desacatar as ordens alheias.
Remarcar todos os compromissos desfeitos.
Suavizar meu corpo em algum leito.
Sim, eu vou!
Mas, como?
Da mesma forma que o céu expulsa as nuvens.
Como a lua esconde o sol.
Da mesma forma que eu fico parada no tempo por horas a fio.
Do mesmo jeito que rejeito meu passado presenteando-me.
Issoooooo.......... tou cansadaaaaaaaaa!!!!!!!
Que me façam de boneca.
Que me tratem por criança.
Que me ponham de lado.
Que tentem me ludibriar.
Que consigam me acalmar.
Que me façam adiar meus planos.
Não! Agora parou!
Eu vou ser quem realmente sou...
E que venham malvadas e inconsequentes.
E que me falte senso e tática.
E que eu derrube tudo que se postar à frente.
Vou entorpecer o menino frágil.
Vou bebericar do cálice derramado.
Chega... de dissimular o que é óbvio.
De demarcar território alheio.
Manipular meu desejo proibido.
Assim... eu sigo sem medo, sem cobranças... sorrindo, satisfeita.
Espero, que não tenha sido em vão...
Meu ódio aclamado.
Meu repúdio escrachado.
Meu sorriso abafado.
Minha lágrima teimosa.
O balanço do samba encorpado.
A mímica do tango rebuscado.
A face por mim inebriada.
Agora, o que fazer???
Que morra você, ele, o outro, o quase, o pouco...
Que matem o gozo não sentido e abafado...
Que chorem pelo que eu não consigo sentir....
Que chamem a quem eu não conseguir...
Enfim... morra!

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